...um TESOURO feito de sonhos, afetos, episódios, histórias, retratos, velharias e pó.. ...aaaATCHIM !!
Se quiserem acompanhar-me nas minhas visitas ao baú minhas amigas, estão convidadas para o chá.


FAMÍLIA


"HELENA" é o nome da minha única
prima, ou melhor, irmã !
Amo-a  (desde e até sempre).

Temos uma  HISTÓRIA  só nossa... 
...e somos ambas, netas da "Avó São"

                                                            

UM GOSTO PARTILHADO...


Por falar em prima e porque valorizo todo o tipo de artes... apresento-vos os meus filhos, aqui num jantar setecentista.
 Eles são a minha
 OBRA PRIMA.
Não sei como o tempo passou, o facto é que não me lembro de me terem dado trabalho a criar.

 São uns queridos
 e EU ADORO-OS,
 evidentemente !

Agora, apresento-vos o pai dos meus filhos !
Dá p'ra ver ? Não ?! Deixem, não faz mal...
É que por acaso´também é meu marido !
Pois é... e sabem que ele perdeu a "ANILHA"
mesmo no dia do casamento ?
É um porreiro !... Deve haver poucos a
conseguir esta proeza...     (T.G.)



UM GOSTO PARTILHADO



"Mãe"
Esta pessoa fabulosa
Que me deu "o ser",
a minha mãezinha,
é uma fôfa !
Uma "mãe galinha",
Sempre preocupada
com os seus dois pintos,
que continua a tratar
como "crianças": o meu
irmão Pedro e eu.
Embora andemos volta
e meia "às turras"...
sei que ela me adora
tal como eu a adoro!
É "a melhor mãe do mundo"
Claro !
Mas esta é mesmo...
É a minha !!!...
(T.G.)


"PAI HERÓI"



Pai presente e atento.
Paciente acompanhante.
ajudante, companheiro,
amigo e confidente.
Ouvinte compreensivo,
conselheiro, cúmplice...
Professor de valores,
pessoa lúcida, realista,
meu modelo de virtudes.
Sempre o meu primeiro apoio-
Espécime em vias de extinção...
MEU QUERIDO PAI !
As minhas mais remotas
lembranças são as de um
HOMEM calmo, que carregava
uma criança ao colo,
durante toda a noite,
a quem
apaziguava a dor com
palavras meigas e mimos,
até que ela sossegasse...
...era eu !...
Nada que faça...
...nada, retribuirá
tamanha dedicação !
ADORO-TE, PAI QUERIDO
(T.G.)

DE FAROL EM FAROL...

O meu querido e saudoso avô João era FAROLEIRO.
Da sua profissão, só recordo a altura em que ele estava a chefiar o farol de SINES e para onde sempre íamos passar as férias do Verão e não só...
Juntava-me lá com a minha prima Lena e tenho bastantes lembranças dessa época.
Ainda Sines era uma das melhores praias... mais tarde com a instalação da refinaria, tudo mudou !
De qualquer forma, o avô João reformou-se novo e depois passou a estar sempre na sua casa, em Cascais e ainda privámos com ele durante muitos e bons anos.
Mas antes disso,  recordo as brincadeiras nas dunas, em frente ao farol...
Éramos garotas, mas éramos livres... não havia preocupações conosco, como há agora com as crianças, em geral.
Não me recordo de ouvir falar de pessoas más! Era um: - Tenham cuidado !
Perdíamo-nos a rebolar pelas dunas... era uma sensação única.
Lembro-me do cheiro das camarinhas e do sabor das suas bagas, de ver as lagartixas a correr pelos chorões e nada disso nos metia medo.
Íamos para as rochas atrás do farol, apanhar lapas e burriés e foi aí que aprendi a nadar, sozinha...
A AVÓ SÃO fazía-nos batatas fritas "das que estalam..." como as que se vendiam na praia e eram tão boas...
Quando íamos à praia com os nossos fatos de banho de "favinhos de mel", que as nossas mães nos faziam, levávamos os sapatos para o peixe aranha não nos picar... os meus eram azuis e os da Lena, encarnados.
Jogávamos ao prego e lembro-me perfeitamente do gesto de alisar a areia para o lançarmos, como se o estivesse a fazer agora. Que giro !...
No espaço do farol, onde também havia casas de outros faroleiros, cheirava aos peixinhos da horta que a avó fazia enquanto nos via pela janela da cozinha, trepar pelo poste da antena, que era altíssimo !
O avô... esse, sempre habilidoso e curioso, entretínha-se também na oficina do farol a fazer "coisas" em ferro forjado e eu gostava de o ver.
Havia um dia na semana, acho que a quinta-feira, em que ia ao largo do farol um senhor com uma carripana do tipo diligência, era grenat e puxada por duas éguas e era "mágica": Dela saía tudo o que a avó e as outras senhoras pediam. As coisas não estavam à vista, mas havia: verduras, mercearias, carvão, botões, tudo, incluindo os rebuçados que a avó sempre nos comprava ! Era fantástico... sem dúvida ! 
Falta-me dizer que o que eu mais gostava era de subir as escadas infindáveis de caracol e ir acender o farol (manualmente) com o avô. Aquela "bola" de vidro facetado, gigante e rotativa. Adorava !
Lembro-me que quando o PBX tocava, acordávamos todos assustados e apesar do avô não querer, seguiamo-lo em pijama, não fora a ameaça de algum naufrágio...

 

O meu avô materno esteve na grande maioria dos faróis portugueses, incluindo a Berlenga e a sua história faz parte da minha vida, assim como ele, que vive saudosamente no meu coração.
Quem diria!... sabiam esta ?
(T.G.)

CASAMENTO NO FAROL:

Os meus pais casaram no farol da GUIA, em Cascais.
É um farol muito giro e lá existe uma capela.
Como o meu avô era da marinha, era o chefe do farol nessa época, abriram uma exceção e deixaram utilizar a capela, o que era raro acontecer há 54 anos.
Hoje fazem-se muitos eventos no recinto do farol e a capela está às vezes, aberta ao público. (T.G.)


O "MANO CASSULA":

Este é o meu irmão Pedro. Por vezes conhecem-nos mas não nos associam. Ele é muito aventureiro e precisa de "vento" para aliviar o STRESS.
Põe as pranchas na carrinha e lá vai ele!...    (T.G.)


Acho o meu irmão parecido com o nosso avô Joaquim.
O avô Joaquim e a avó Mariana eram também os meus padrinhos de batismo.
Eram naturais de Terena (Alentejo) onde viveram toda a vida.
Durante a minha infância e adolescência, os fins de semana eram quase todos passados em sua casa, em Terena, onde eu aprendi realmente a gostar do Alentejo. (T.G.)


"O AVÔ JOAQUIM"

Não tenho muitas fotos tiradas com os meus avós paternos. Um dos motivos, talvez fosse o de eles serem umas pessoas tristes, 
marcadas pela morte da minha TIA TERESA quando ela tinha 20 anos.
Sempre vi a avó Mariana de luto e raramente me lembro de a ver sorrir.
O meu nascimento foi uma lufada de ar fresco para eles e o avô exteriorizava mais os seus sentimentos.
Recordo claramente o som das suas risadas...
Moravam em TERENA e tenho bastantes recordações dos tempos em que privei com eles.
Adorava as comidas da avó, a sua enorme casa e os passeios com o avô até à tapada.
As festas da Senhora da Boa Nova, na Pascoela eram o ponto de encontro da família do meu pai, que era muito grande, apesar de ser "filho único".
Não cheguei a conhecer a minha tia, em homenagem à qual me deram o seu nome.
Gosto muito do nome que tenho.
Ainda bem que a tia não se chamava Agripina ou Arsénia !!
(T.G.)
 Eu ao colo do avô
O meu pai (ao fundo o castelo de Terena)
Eu e o Pedro (ele parecido com o avô e eu com a avó / fisicamente)

"O PEDRO, AO VIVO E A CORES..."

É jeitoso, não é ?
Jeitoso e bom rapaz...

A "AVÓ SÃO" :

(O BAÚ da minha avó,
cheio de pó e velharias
serviu de mote ao meu blog
para falar sobre meus dias.


De uma maneira ou de outra
está sempre muito ligado...
quase tudo o que cá escreva
tem origem no passado.


Donde quer que se encontre...
e se inda ler como lia,
há-de lembrar-se sempre
de coisas que eu lhe dizia.


Um dia, se eu lá chegar...
à idade de ter netos,
com certeza vão gostar
de saber destes momentos.


Era única, a avó São
tinha uma força sem fim,
Trago-a no meu coração 
e creio que zela por mim.


(Y.G.).G.)